O Cântico dos Quânticos

por Marcelo Moreira Santos

[Abstract]: “The aim of this text is to explore the concept of consciousness from notions arising from Systems Theories, Peirce’s Semiotics and Lagarcha-Martínez’s Quantum Humanism. The aim is to probe the possibility of expanding this concept from the emerging synergistic complementarities and observe that consciousness is not something that belongs only to homo sapiens, it spreads through the ecosystem homeostasis existing in the cosmos.

Talvez você já tenha tido aquela experiência de olhar o firmamento e fazer certas perguntas que a humanidade se faz ao longo dos séculos diante de um cosmos prenhe de estrelas que dançam sobre as nossas cabeças como se tudo fosse tão magnificamente dosado que parece que o mistério e o milagre sejam as únicas respostas palpáveis a acalentar a nossa consciência.

Podemos cogitar que talvez os mistérios tenham o seu charme por não nos darem a segurança intelectiva que desejamos e é por isso que a vida não perde o seu brilho da manhã. O seu lugar de poesia. Por outro lado, ter a certeza dos milagres que nos cercam não deixa de nos fazer reconhecer o quão singular é a vida. O quão quântico é tudo que nos perfaz.

De fato, certos firmamentos nos fazem perceber o quão infinitesimal são as nossas reflexões a respeito do cosmos que nos cerca. Tateamos certas noções tentando pescar em nossas redes cognitivas alguns rincões de certeza, mas sabemos, que por mais que ousemos, algo sempre escorre pelos nossos dedos: o signo não consegue conter em suas cercanias o fogo-fátuo da vida. Alguma partícula sempre escapa aos nossos medidores interpretativos e, talvez, lidarmos com estas contingências nos liberte e nos aproxime de uma consciência, dita, quântica.

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O que são os objetos ficcionais?


por Thiago Mittermayer

[Abstract]: “The purpose of this publication is to describe the concept of fictional objects or imaginary, nonexistent or nonfigurative objects formulated by Peirce.”

A proposta desse post é descrever o conceito de objetos ficcionais, imaginários, não-existentes ou não-figurativos (fictional, imaginary, nonexistent, or nonfigurative objects), formulado por Peirce. Quem conhece a semiótica peirciana, sabe de sua qualidade geral ao circunscrever qualquer fenômeno do univeso. Para algo funcionar enquanto signo, este deve representar alguma coisa para alguém. Em termos específicos, o signo peirciano é composto pela tríade: (i) fundamento do signo (representamen), (ii) seu objeto e (iii) seu interpretante. Além disso, o signo pode representar tanto um objeto da realidade quanto um objeto provindo de um pensamento.

Conforme Nöth (2006) explica, Peirce entende os signos como mediações e não como oposições entre o mundo material e o mental. O autor (ibid., p. 277) diz que signos não “se referem a referentes, eles representam objetos a uma mente, mas o objeto de um signo pode ser existente ou não-existente, um sentimento ou uma ideia, algo meramente imaginário ou até mesmo falso”. Então, o objeto de um signo, pode ser desde algo material, como uma pedra, até algo mental, como a simples imaginação de uma criatura inexistente como a Medusa, uma mulher com cabelos de serpentes e olhos que petrificam o observador.

Como o objeto de um signo pode ser algo falso ou que não existe? Temos um paradoxo. De um lado, as obras ficcionais têm elementos como personagens, lugares, objetos, eventos, imagens e sons que não existem em nosso mundo. De outro, esses mesmos elementos existem em suas respectivas realidades ficcionais. É possível determinar os objetos de signos ficcionais como uma fênix ou um centauro?

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Tecnopolítica, dissonância e a perturbação da dúvida

por Tarcísio Cardoso

[Abstract]: “This text intends to begin by exploring the technopolitics of fake news in our rowdy context of the Coronavirus pandemic, especially problematic considering the attitude that denies scientific knowledge. Throughout some parables, the question of cognitive dissonance is presented. From this scenario, the philosophical question on doubt is posed. To present the relationship between the theme of dissonance and that of post-truth, I bring to the debate the recent book of Lee McIntyre (2018), and to address the theme of the attitude towards doubt, I discuss the ideas of the philosopher Charles S. Peirce (1877). It is expected that these ideas can contribute to the debate between science and denialism, in the context of so much unknowing caused by our unique social context.”

Tempos turbulentos, estes, em que reina o não saber, mesmo quando disfarçado de saber. No caso brasileiro, o medo da morte, a ameaça do vírus, a privação e a amargura do isolamento são temperados por nosso agônico cenário político. Em meio a tantas incertezas, manter a sanidade já é um mérito. Confinados, buscamos informações que possam subsidiar nosso entendimento de mundo e nos fazer vislumbrar luzes no fim da quarentena. Mas as próprias informações a que temos acesso, mediadas por camadas sociotécnicas, são excessivas, contraditórias, não vêm com mapas de interpretação e, como efeito, não produzem imagens muito acalentadoras. Pior, as informações que nos chegam são em grande parte pouco confiáveis, quando não falsas. Desse modo, a dúvida, esse estado psíquico inquietante, lugar em que impera o não saber em sua insistência, continua a única coisa certa. Perguntamo-nos, finalmente: que atitude tomar diante da insistente perturbação da dúvida? Continuar lendo

Máquinas, Ética e Estética: uma abordagem peirciana

por Ricardo Maciel Gazoni

[Abstract]
Aesthetics, Ethics and Logic or Semiotic are, for Peirce, the normative sciences: they define the rules to be followed by every other science. Peirce also says that our superiority over the brutes is due to our greater number of grades of self-control. The text applies these ideas to an analysis of thinking machines and their autonomy.

 

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No dia 15 de Agosto passado Dora Kaufman indagou, aqui neste mesmo sítio da teia, se máquinas inteligentes são agentes morais. Excelente pergunta, que inspirou o desejo de acrescentar algumas considerações de viés peirciano. Dois temas: ciências normativas e autonomia.

Peirce designa três ciências normativas: Estética, Ética e Semiótica, esta última também conhecida como Lógica. São normativas porque determinam as leis de raciocínio a serem seguidas por todas as demais ciências: “lógica quanto a representações da verdade, ética quanto aos esforços da vontade, e estética em objetos considerados simplesmente em suas presentações” (CP 5.36, 1903)[i]. Santaella (1994) debruçou-se sobre a questão Estética em Peirce. Resumindo seu texto ao limite —o que é suficiente para nosso propósito—, as razões pelas quais a Lógica deveria (por exemplo) perseguir proposições verdadeiras não podem ser justificadas pela Lógica somente. Ela depende da Ética, a ciência que estuda as ações adequadas. E ainda que a Ética defina as ações, aquilo que é desejável por si é estudado pela Estética; esta deve, portanto, determinar a finalidade das ações escolhidas pela Ética. Vemos aqui, lembra-nos Santaella, as tonalidades das categorias peircianas: Estética e Primeiridade, Ética e Secundidade, Semiótica e Terceiridade.

Segue-se que o ato de pensar logicamente, seja o pensador humano ou não, depende de determinações que vão além da capacidade do pensamento lógico em si. Depende das conclusões de uma ciência da ação, uma Ética. E depende de um critério de escolhas, um critério que determine o que deve ser buscado por si, dado pela Estética. Continuar lendo

Panorama e crítica da vida artificial

por Eduardo Pires de Camargo

[Abstract]
“This post presents a short history of the artificial life field as conceived by Christopher Langton in the 1980s. It exposes Langton’s early ambitions as well as the closeness of interests and methods between artificial life and artificial intelligence. The text concludes with the introduction of Claus Emmeche’s critique of Langton’s dualist position, pointing to the realism of Charles Sanders Peirce as a possible theoretical foundation for the development of the field of artificial life.”

martinet
Martinet, 2016

 

1. O panorama da vida artificial

O termo vida artificial (VA), como referência a um campo específico de pesquisa, foi utilizado pela primeira vez por Langton (1986) ao desenvolver estudos inspirados pelos autômatos celulares de von Neumann (1966). Os esforços iniciais para estabelecer as bases desta nova disciplina resultaram na organização do “Workshop Interdisciplinar sobre a Síntese e Simulação de Sistemas Vivos”, em setembro de 1987, em Los Alamos, Novo México. Este workshop foi o embrião de duas séries de conferências internacionais a respeito da vida artificial, a “Conferência Internacional sobre a Vida Artificial” e a “Conferência Europeia sobre Vida Artificial”, bianuais e intercaladas. Em 1993 surge o jornal “Vida Artificial”, do qual Langton é o primeiro editor. Tanto o jornal quanto as duas conferências passam a ser formalmente coordenados pela Sociedade Internacional para a Vida Artificial, estabelecida em 2001 (BEDAU, 2003, 2007; BANZHAF; MCMULLIN, 2012). Em 2018, as conferências foram unificadas em um evento anual, a “Conferência sobre a Vida Artificial” cuja primeira edição ocorreu em Tóquio. Banzhaf e McMullin (2012) recuperam o anúncio do workshop original que define o novo campo da vida artificial como:

[…] O estudo de sistemas artificiais que apresentam características comportamentais dos sistemas vivos naturais. Isto inclui simulações computacionais, experimentos biológicos e químicos, e tarefas puramente teóricas. Processos que ocorrem em escala molecular, celular, neural, social, e evolucionária são objetos de investigação. A meta final é extrair a forma lógica dos sistemas vivos. Continuar lendo

Números não mentem: pequeno ensaio sobre os limites da verdade científica

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por Daniele Fernandes

[Abstract]

“This post aims to investigate the limits of scientific knowledge, by questioning if science’s point of view is the only way of knowledge that should be authorized. This is accomplished by analyzing some examples of everyday reality, which confront the view of mathematics and the so-called hard sciences with the point of view of the humanities, especially that of philosophy. To support the hypothesis that the scientific approach is not sufficient to explain all the aspects of reality – although the humanities may eventually lack for a specific rigor -, the theoretical basis is the definition of Peirce’s pragmatic method and the distinction between philosophy, art and science developed by Deleuze and Guattari. It is hoped to point out ways that help to solve the impasse created by technologies such as artificial intelligence, in relation to the role of human thought in general, and of philosophical thought in a specific way.”

Números não mentem. Essa máxima, geralmente enunciada por matemáticos, físicos, engenheiros etc., talvez seja a forma mais concisa de argumentar em favor da capacidade científica para atingir a verdade. E não há como negar essa afirmação. Ela se baseia na autoconsistência da matemática, a mais abstrata das ciências. Mas a veracidade dos números reflete a das teorias comprovadas pelas demais ciências. Seus modelos resistem a testes empíricos, isto é, funcionam, quando confrontados com a realidade. Entretanto, a questão aqui não é se essas teorias mentem ou não, se funcionam ou não; mas se o ponto de vista específico da ciência é suficiente para abranger todos os aspectos da realidade. Em outras palavras, se ela é a única forma de conhecimento que deve ser autorizada.

Se a questão parece absurda para alguns, é bom lembrar que há cientistas de renome internacional, inclusive, que seguem na direção de uma autossuficiência científica. Vamos tomar o caso específico da filosofia neste post. Só para dar um exemplo recente, António Coutinho, um importante e talentoso cientista português, afirma em entrevista que, excetuando-se a ciência, “todo o resto da atividade humana não progride. (…) Por isso filosofia não é ciência, porque nunca progride”. Diz ainda ter “o maior respeito pelos filósofos porque o objetivo da filosofia é o mesmo que o da ciência: explicar o mundo e a nós próprios” Mas que os cientistas têm “um bom processo e eles [os filósofos] não têm, portanto, estão fadados a desaparecer. O que é o objetivo da filosofia vai ser resolvido pela ciência, e a filosofia vai passar para a história.” O objetivo da ciência e da filosofia pode até ser o mesmo e a realidade, sem dúvida, é a mesma; mas as explicações são outras, porque as questões e os aspectos da realidade que são abordados por elas são distintos. Continuar lendo

Introduction to the study of human and nonhuman consciousness with Peirce

by Winfried Nöth

Consciousness was programmatically denied to nonhuman beings by René Descartes, when he declared that only humans, beings endowed with a soul, could qualify as conscious beings. The restriction of consciousness to self-consciousness has an equally long tradition. It culminated perhaps in Julian Jaynes’s theory of The Origins of Consciousness in the Breakdown of the Bicameral Mind(1974) in which the author argues that consciousness, in the sense of self-reflexive awareness of a self in her or his thoughts and actions, is a relatively recent feature of human cognition.

In modern consciousness studies, the extension of the concept of consciousness in these two directions has only begun recently. Unaware of Peirce’s theory of consciousness, Michael Tye (2017), a renowned scholar in contemporary consciousness studies, proposes such extensions. The extension of the concept from humans to nonhuman animals, such as bees and crabs, is suggested and argued in the title of Tye’s new book, which is, Tense Bees and Shell-Shocked Crabs: Are Animals Conscious? The extension to awareness and perception in general is expressed in Tye’s following definition of consciousness: “I suggest that the connection [between consciousness and experience] is a very simple one: a being is conscious just in case it undergoes experience. So the problem of animal experiences is one and the same as the problem of consciousness” (2017: xv). Continuar lendo

A perene filosofia de Peirce

por Isabel Jungk

[Abstract]:

“As a result of profound scientific and philosophical formulations, the Peircean system stands out for its innovative and logical character, and for the contribution it can make to any epistemological enterprise. This post highlights the importance of the key features of his philosophy: its categorical framework, the three modes of inference, as well as the way in which they are interrelated. Such concepts can be considered timeless and, thus, are able to base the quest for knowledge in any field of investigation and at any time.”

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Charles Sanders Peirce (1839-1914)

Charles Sanders Peirce nasceu e viveu nos Estados Unidos de 1839 a 1914 e, atualmente, é “unanimemente aclamado como o maior filósofo da América” (NÖTH, 1990, p. 39). Todavia, passado mais de um século de sua morte, é natural que surja a pergunta sobre a atualidade de seu sistema e as possíveis aplicações que dele podem ser feitas.

A obra peirciana está imbuída do caráter lógico inaudito que com a qual ele a desenvolveu, conferindo um traço distintivo a todas suas investigações filosóficas. Em uma idade extremamente precoce, por volta dos 13 anos, o jovem Charles fascinou-se pela lógica tradicional após ler o conhecido livro de Whately sobre o assunto. Mais tarde, em 1908, em uma carta a Lady Welby, lembrou-se do evento como tendo sido crucial em sua vida, a partir do qual, como ele mesmo afirmou, nunca mais esteve em seu poder estudar qualquer coisa – matemática, ética, metafísica, gravitação, termodinâmica, óptica, química, anatomia comparativa, astronomia, psicologia, fonética, economia, história da ciência, jogos de cartas, homens e mulheres, vinho, metrologia –, exceto como um estudo de lógica (1908, SS, p. 85-86). Continuar lendo

Desencontros entre os realismos de Peirce e de Meillassoux

por Tarcísio Cardoso

[Abstract]:

“Will the sun rise tomorrow? This naïve question covers profound questions of philosophy, especially worked out by David Hume. Is it possible to ensure from the regular experiences of the past the need for a future event? What is the validity of this reasoning? What is the basis of human understanding if this type of inference is not valid? Problems like these represent the passage from metaphysical problems (which ask about what there is) to epistemological problems (that ask about the ways of access to what there is). The aim of this text is to retake this kind of metaphysical-epistemological question under the eyes of two philosophers who stand out in the discussions of this group: Charles S. Peirce and Quentin Meillassoux. It is interesting to return to the subject, already treated in the post of Gustavo Rick, of the distance between Peirce’s philosophical proposal (pragmatism) and Meillassoux’s (anti-correlationism), the latter, basis for the subsequent development of speculative realism. In the post mentioned, the distance between Peirce and Meillassoux was already clear (says Gustavo Rick: “Meillassoux’s anti-correlationist project is incompatible with Peircean philosophy”). Next, we will reflect a little more on such differences by asking for both philosophical systems what they would have to say about our certainty that the sun will be rise tomorrow.”

O sol nascerá amanhã? Essa pergunta ingênua encobre profundas questões de filosofia, especialmente bem trabalhadas por David Hume. É possível garantir a partir das experiências regulares do passado a necessidade de um acontecimento futuro? Qual a validade desse raciocínio? Qual a base do entendimento humano se esse tipo de raciocínio ampliativo não for válido? Problemas como estes representam a passagem de problemas metafísicos (que perguntam sobre o que há) a problemas epistemológicos (que perguntam sobre os modos de acesso ao que há). O objetivo deste texto é retomar esse tipo de questão metafísico-epistemológica sob o olhar de dois filósofos que se destacam nas discussões deste grupo: Charles S. Peirce e Quentin Meillassoux. Interessa-nos voltar ao tema, já tratado no post de Gustavo Rick, da distância entre proposta filosófica de Peirce (batizada por ele de pragmatismo) e de Meillassoux (batizada de anti-correlacionismo), esta última, base para o desenvolvimento subsequente do realismo especulativo. No post mencionado, já estava clara a distância entre Peirce e Meillassoux (diz Gustavo Rick: “o projeto anti-correlacionista de Meillassoux é incompatível com a filosofia peirceana”). A seguir, vamos refletir um pouco mais sobre tais diferenças perguntando para ambos os sistemas filosóficos o que eles teriam a dizer sobre nossa certeza de que o sol vai nascer amanhã.

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Por que a Ciência anda tão parecida com a Religião?

 

por Ricardo Maciel Gazoni

[Abstract]:
“Scientific publishing seems to have a function other than spread scientific knowledge among the scientific community: it also seems to work as an authority that announces to the non-specialists what is “scientific proven” defining what might be regarded as true. The text analyses this phenomenon and some consequences based on Peirce’s theories on the methods for the fixation of belief.”

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Certos acontecimentos parecem ter uma razão oculta quando de maneira quase milagrosa cristalizam uma ideia que vinha sendo gestada aos poucos, sem que a tenhamos percebido. Aconteceu comigo esses dias: lendo o texto delicioso da Juliana Rocha Franco neste mesmo espaço internético (“Notas para se pensar as bolhas online a partir de Peirce”) tive a impressão de que o texto estava lá para resolver um problema que começou a martelar um bocado antes. Digo “resolver”, mas não há solução nenhuma aqui. É que de repente parece possível formular a pergunta certa, o que já é um alento. Comecemos do começo.

Em 15 de Maio de 2017 o Jornal da USP publicou um artigo intitulado “A homeopatia é uma farsa”, assinado por Beny Spira, doutor em genética molecular pela Universidade de Tel-Aviv. O texto, que pode ser lido aqui, é uma resposta a um texto anterior publicado no mesmo jornal (este aqui) que critica a deficiência no ensino de homeopatia veterinária na USP. O artigo de Beny Spira é conciso e apresenta alguns estudos científicos publicados em revistas de renome que suportam a argumentação do autor, que é uma crítica ao próprio jornal de USP pela publicação de conhecimento “errado, arcaico e perigoso”. Leitura que, por citar boas fontes, permite também acompanhar a discussão a respeito da homeopatia nas publicações científicas. O texto encontrou respostas no próprio Jornal da USP (por exemplo, esta) e repercutiu nas redes sociais, onde foi citado pelos que defendem e pelos que atacam a homeopatia, além de ser compartilhado por páginas que se preocupam em louvar o saber científico em detrimento de outros saberes. Continuar lendo